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O termo youkais, apresentado no título do texto, refere-se a demônios ou criaturas místicas do folclore japonês. Dado esse respaldo para vocês, podemos adentrar ao que realmente interessa: julgar esse primeiro episódio.

Em Bem, somos apresentados à segregação entre esses demônios. Enquanto um lado busca a matança deliberada, a fim de reunir forças para tornar-se mais forte, o outro lado visa a proteção dos humanos. A teoria é que, quanto mais humanos forem salvos, mais as chances deles de se tornarem humanos aumentam. A partir disto, a trama se desenvolve.

O lugar onde a história acontece está repleto de pessoas que tiveram seus ideais deturpados, seja por motivos de querer ter muito dinheiro ou mesmo poder. Cada personagem ali tem seus motivos. Além de perderem essa essência, eles tentam empurrar goela abaixo essa cultura para pessoas que ainda possuem um senso de justiça muito forte e determinado.

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Ainda que o número de pessoas nesta escala seja alto, existe ainda uma pessoa que não foi atingida por essa ideia, Sonia Summers, uma jovem detetive que não costuma seguir ordens e acaba sendo influenciada por seus próprios instintos. Ela é a esperança da humanidade.

Sonia Summers é o que podemos taxar de senso máximo de justiça. O que não parece certo ou meio termo, lá estará ela julgando de acordo com seus parâmetros judiciais. E, claro, em meio a uma sociedade totalmente não adepta a esse tipo de comportamento, ela é severamente punida verbalmente e sempre alvo de críticas de seus superiores ou mesmo dos demais oficiais da polícia.

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O fato dela disseminar o certo em meio a um mar de controvérsias parece ser algo errado. É difícil manter uma palavra convicta de justiça quando tudo ao seu redor coopera para o oposto. Mas o papel que Sonia Summers carrega consigo influencia de forma positiva a história, quase como uma lição de moral imprescindível para a trama.

Inicialmente apresentado em sua forma humanoide, mas que posteriormente revela sua verdadeira identidade monstruosa, Bem, um dos protagonistas da série, é o ser que tem como uma crença a salvação máxima de vidas humanas. Não muito elucidado, não ficou claro se esse senso de dever se dá por um gesto altruísta de sua parte ou apenas por pura conveniência e interesses próprios. Ainda assim, mesmo protegendo os humanos e os assegurando da proteção, mesmo que nas sombras, a ostracização é um ponto a ser notado, sendo perceptível na reação das pessoas que são sempre as mesmas. O medo, terror, espanto, não agradecimento. Esses adjetivos refletem um pouco do que eles ganham como retribuição.

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Fato é que ele acaba gerando o bem para ambas as partes ao proteger vidas humanas. Além dele, existem mais dois aliados sobrenaturais que formam uma equipe, sendo ele o líder. Eles são chamados de YŌKAI-NINGEN. Esse nome foi dado pelo outro lado da moeda, os youkais que matam os humanos. Esse outro lado, além de causar o mal para a humanidade, também conspira na captura de Bem e sua equipe.

Um dos pontos mais fortes está localizado na trilha sonora do anime. Com uma pegada de jazz menos contemporânea, as cenas recebem um ar mais sofisticado e menos denso do que o gênero do anime propõe. Ainda assim, em cenas que necessitam de uma trilha mais animada, como momentos de ação, o som ambiente também favorece o momento.

Quanto a direção de arte, não surpreende muito, apresentando o trivialismo da animação. Sem cenas marcantes ao ponto de saltarem os olhos ou mesmo contraste de cores e nuances espalhafatosas. O anime trabalha com o simplório dos traços em cenários, personagens e movimentações.

A história, por fim, porém não menos importante, não me agradou muito, mas tende a ter um certo potencial. Algumas lutas presentes neste primeiro episódio mostraram que o anime tem muito ou mais do mesmo relativo ao seu gênero. Parece ser um estilo de história linear, porém com mudanças, oferecendo a aparição de novos monstros a cada novo episódio. Não é extremamente interessante, todavia não deixa de ter seu próprio mérito de desenvolvimento.