Maria, dá pena
maio 02, 2017
Era uma vez...não, era uma vez não se encaixa aqui. Eram duas, eram três, eram quatro vezes. E ele continuava a espancá-la com os punhos fechados, só para depois fingir que nada acontecia — ela aguentava calada.
Uma escoriação leve. Um hematoma aqui, outro ali. Uma pancada. Crec. Crec. Crec — Ó, meu Deus, por que me abandonaste?
Ela chora. Ele ameaça. Ela corre. Ele pede desculpas.
Tudo melhora — quanto tempo dura sua redenção?
Um gole. Dois goles. Três goles. Perco a conta. O último gole desesperado. O tapa — durou exatas 24 horas.
Maria, isso dá pena.
Pena que não é perpétua.
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